Zodíaco (****)
“Zodiaco” é um filme impregnante, pois tem na sua forma e conteúdo uma grande dinâmica.
Havia tempos que os filmes de suspense, os chamdos “thrillers”, haviam se tornado carne de vaca para a industria americana, mais precisamente desde que “Seven”, uma das mais de 3 obras-primas de David Fincher, revitalizaou o genêro em 1995.
“Zodiaco” não é propriamente um thriller mais do que ele é um estudo sobre as obsessões humanas. Sua trama principal gira em torno da procura por evidências e sentido nos assasinatos cometidos seguindo o detive principal (Mark Rufallo), o jornalista designado (Robert Downey Jr,) e o cartunista envolto por acaso (Jake Gyllenhaal) em busca da identidade do tal serial killer, e não é desvendar o final dizer que o assasino não é nem propriamente descoberto nem capturado, por tantonão partimos do principio de que o filme culminará em um climax tradicional. O mínimo que esperamos de reviravoltas de genero providos pelo tal Fincher, da fama de “Quarto do Pânico” e “Clube da Luta”.
David é um dos melhores cineastas de sua geração.
E como falei de forma e conteúdo no começo, volto, agora, para a forma. Fazia tempos que cenas de violência não me chocavam, nem meus amigos per se, no cinema, isso até a tarde que vi Zodiaco. A violência dos assasinatos é milacurasamente retrada em sua essência de doença e não de susto nem horror. Os planos abertos, as escolhas de atores e figurinos, e principalmente o timming arrastado dela, que deixa espaço para incertezas e misterios, quebram o genêro de “ultra-realidade” antes imposto pelo próprio cinasta com seus closes crus de sangues de tripas em “Seven”. Vemos o tempo da desgraça e da tristeza que esses assasinatos crus e serials causam em qualquer pessoa com um mínimo de moral e alma, o que não a regra desses assasinos. Portanto, saímos da emoção plena de “realismo romantico” de hollywood para misturarmos mais classisismo nessa essência de cinema, não abrindo mão nem tanto do realismo, nem do romantismo nescessários a trama de uma obra de ficção americana.
Sua reconstrução de época também serve para inserir o espectador na história a ser compreendido. Desde os logos da “Fox” e “Paramount” usados naquele tempo até os locais e figurinos escolhidos. O filme não é um anos 70 visto do ano 2000, é realmente um anos 70 da época, um tempo dentro de si mesmo, visto com naturalidade. Naturalidade esta também explorada na foto detalhista, com muitos planos abertos, e na ótima escolhar de deixar o assasino na sombra de seus assasinatos, no limiar de dar um passo a frente e ser visto com sua totalidade na luz.
Naturalidade também impreguina o roteiro realista. O jeito como a mídia e a população local reagem as ações do Zodíaco não podiam ser mais verdadeiras. Isso se deve muito a abordar o tema do ponto de vista desses personagens reais e obcecados, mas também aos pequenos personagens secundários, como a empregada de um grande advogado que em dado momento resolve o plot somplimesmente por contar com naturalidade, e até certo descaso e ironia, a conversa que teve com esse tal “Zodiaco”, por telefone, na véspera de natal.
As atuações em si não foram tão marcantes, elas são eficientes, sim, com nenhuma delas estragando a veracidade do filme, mas o que mais salta aos olhos são sempre os personagens excentricos de Downey Jr. Que, depois de muitos problemas pessoais, começa agora a voltar ao mundo do cinena, de forma muito singular, obrigado.
No final “Zodiaco” é um filme de quase três horas, mas três horas muito válidas. Enquanto em “Piratas do Caribe: No fim do Mundo” torcemos para que o filme acabe logo e o enredo se resolva, em “Zodiaco” nunca esperamos por este momento final, de tão imersos que podemos estar na trama. É o tal tempo psicológico do cinema: quando um filme é bom o tempo voa… quando não é….

Havia tempos que os filmes de suspense, os chamdos “thrillers”, haviam se tornado carne de vaca para a industria americana, mais precisamente desde que “Seven”, uma das mais de 3 obras-primas de David Fincher, revitalizaou o genêro em 1995.
“Zodiaco” não é propriamente um thriller mais do que ele é um estudo sobre as obsessões humanas. Sua trama principal gira em torno da procura por evidências e sentido nos assasinatos cometidos seguindo o detive principal (Mark Rufallo), o jornalista designado (Robert Downey Jr,) e o cartunista envolto por acaso (Jake Gyllenhaal) em busca da identidade do tal serial killer, e não é desvendar o final dizer que o assasino não é nem propriamente descoberto nem capturado, por tantonão partimos do principio de que o filme culminará em um climax tradicional. O mínimo que esperamos de reviravoltas de genero providos pelo tal Fincher, da fama de “Quarto do Pânico” e “Clube da Luta”.
David é um dos melhores cineastas de sua geração.
Sua reconstrução de época também serve para inserir o espectador na história a ser compreendido. Desde os logos da “Fox” e “Paramount” usados naquele tempo até os locais e figurinos escolhidos. O filme não é um anos 70 visto do ano 2000, é realmente um anos 70 da época, um tempo dentro de si mesmo, visto com naturalidade. Naturalidade esta também explorada na foto detalhista, com muitos planos abertos, e na ótima escolhar de deixar o assasino na sombra de seus assasinatos, no limiar de dar um passo a frente e ser visto com sua totalidade na luz.
As atuações em si não foram tão marcantes, elas são eficientes, sim, com nenhuma delas estragando a veracidade do filme, mas o que mais salta aos olhos são sempre os personagens excentricos de Downey Jr. Que, depois de muitos problemas pessoais, começa agora a voltar ao mundo do cinena, de forma muito singular, obrigado.
No final “Zodiaco” é um filme de quase três horas, mas três horas muito válidas. Enquanto em “Piratas do Caribe: No fim do Mundo” torcemos para que o filme acabe logo e o enredo se resolva, em “Zodiaco” nunca esperamos por este momento final, de tão imersos que podemos estar na trama. É o tal tempo psicológico do cinema: quando um filme é bom o tempo voa… quando não é….

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