sábado, 7 de julho de 2007

Ratatouille (****)

A Pixar é definitivamente padrão ouro da animação mundial. Enquanto muitos estúdios surfam na onda das tendências dominantes dos filmes 3D, personagens engraçadinhos e sequências mediocres que sugam grandes bilheterias, a Pixar se preocupa com 2 coisas: roteiro e imagem. Essa é a essência de tudo: "como fazemos para contar uma boa história?" e "se a história não é boa ele não merece ser contada, não vamos estragar filmes com sequências!". Em sua história de grandes sucessos apenas "Toy Story" tem uma sequência, muito boa alias, e um terceiro filme vêm ai em 2 anos, com certeza com um bom enrredo.
Mas o que tudo isso têm a ver com Ratatouille? Tudo. A união da Pixar, celeiro de critividade mundial, com Brad Bird, grande Cineasta, fizeram mais um grande filmes para crianças, adultos, idosos e famílias. até mesmo renegados pela sociedade não tem motivos para reclamar. A trama é universal, e, chocantemente, não pesa no cliche.
Não vou me prolongar no enredo do rato que sonha em se tornar o maior chef de Paris e o jovem sem perspectiva que se associa a ele para se descobrir na vida. O que vale em Rata é a forma como a história é contada. Você sabe como é. Em um dado momento esta apreciando um filme agradável quando algo repentinamente acontece - uma cena, um texto, um beijo, um olhar- e você é magicamente transportado para aquele lugar de sentimentos só seu, e o filme transcende seu poder visual. Esse momento em "Ratatouille" é quando o personagem, secundário mas importante, Anton Ego esta provando a refeição que dá titulo ao filme. A saborear somos "jogados" literalmente em uma memória de sua infancia, que se conecta com o bom sabor da comida. Esse momento de euforia, para ele e o espectador, recria aquela sensação de quando um sabor, cheiro, imagem ou momento toca aquele nervo no nosso subconsciente. Esses momentos, tanto na vida quanto em filmes, é que podem torná-los mais que bons, e sim memoráveis.
O filme é um ótimo Pixar, não o melhor, na minha simples opnião, mas vale a penas ve-lo no deserto que é o verão americano.

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