Paranoid Park (***)
Gus Van Sant é sempre um cineasta interessante e desde que deu uma guinada na sua carreira cinematográfica com "Elefante" ele esta criando uma linguagem de autor que com certeza marcará todo seu conjunto de obras. "Paranoid Park" da continuidade a esta nova linguagem de observação sedimentada pelo cineasta, e é de se admirar como ele consegue traduzir o universo adolescente, e jovem, de forma sincera e contundente, tendo criado as melhores obras da década neste aspecto.
Paranoid trata de um adolescente de colegial comum e skatista que se vê envolvido em um ato de assasinato por acaso. Esta não é mais uma obra tipo "Crime e Castigo" e sim uma observação do processo de maturidade e como as escolhas de uma vida adulta podem surgir de repente: quando menos se espera ja é o momento de crescer. Mais uma vez Sant usa um jovem garoto bonito e ator amador, o que ja esta se tornando uma espécie de tara do diretor (que consta dizer: é abertamente homosexual) mas o universo em torno de Alex, dessa vez, é puramente hétero, e ainda mais, infantil, ja que no relacionamento com sua namorado o garoto têm medo de ser o primeiro na iniciação sexual da mesma.
É um filme observativo, de paço lento como sempre, mas que com belas imagens e boa atuações, ainda mais para um elenco amador, o torna simbólico e significativo, sendo uma obra bem mais narrativa e dramática do que seus últimos dois filmes extremos. Sant não é do tipo de cineasta que procura suavizar uma situação dramática, por isso há imagens fortes assim como poéticas na obra, mas em comparação com seus últimos dois esforços de cinema, o brilhante "Elefante" e o bom "Last Days", essa obra cai mais uma vez na categoria do "bom", e não transcende ao ponto de se tornar um marca na carreira do diretor. Com certeza da continuidade a safra de ótimos filmes que Gus vêm fazendo, mas em retrospecto, quando formos olhar este momento de sua carreira, "Elefante" estará milhas a frente em inovação e importância. Mas vale a pena, ja que dizem, Gus Van Sant só esta ficando melhor.
Paranoid trata de um adolescente de colegial comum e skatista que se vê envolvido em um ato de assasinato por acaso. Esta não é mais uma obra tipo "Crime e Castigo" e sim uma observação do processo de maturidade e como as escolhas de uma vida adulta podem surgir de repente: quando menos se espera ja é o momento de crescer. Mais uma vez Sant usa um jovem garoto bonito e ator amador, o que ja esta se tornando uma espécie de tara do diretor (que consta dizer: é abertamente homosexual) mas o universo em torno de Alex, dessa vez, é puramente hétero, e ainda mais, infantil, ja que no relacionamento com sua namorado o garoto têm medo de ser o primeiro na iniciação sexual da mesma.
É um filme observativo, de paço lento como sempre, mas que com belas imagens e boa atuações, ainda mais para um elenco amador, o torna simbólico e significativo, sendo uma obra bem mais narrativa e dramática do que seus últimos dois filmes extremos. Sant não é do tipo de cineasta que procura suavizar uma situação dramática, por isso há imagens fortes assim como poéticas na obra, mas em comparação com seus últimos dois esforços de cinema, o brilhante "Elefante" e o bom "Last Days", essa obra cai mais uma vez na categoria do "bom", e não transcende ao ponto de se tornar um marca na carreira do diretor. Com certeza da continuidade a safra de ótimos filmes que Gus vêm fazendo, mas em retrospecto, quando formos olhar este momento de sua carreira, "Elefante" estará milhas a frente em inovação e importância. Mas vale a pena, ja que dizem, Gus Van Sant só esta ficando melhor.
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