Dreamgirls (***)
Se "Dreamgirls" fosse um sunday ele seria a cereja no topo, e só.
Para mais um metáfora: muito brilho mas pouco conteúdo.
Escrevendo sobre ele agora, dias depois de te-lo visto, me faz lembrar de outro filme este ano que se colocou numa posição igual, o que "Piratas do Caribe 2" é para a aventura esse ano "Dreamgirls" é para os musicais/dramáticos.
Não me leve a mal, o filme é uma superprodução com algumas (contáveis) qualidades a seu favor. Mas que filme também não seria com um orçamento na casa dos 100 milhões de dólares?
Me parece uma regra estatística: mais dinheiro é nescessário para suplantar a falta de profundidade.
Enfim, o que dreamgirls tem contra foi basicamente fundamentado na pré-produção, ou seja, nas escolhas criativas de Bill Condon. Entendo que o filme é uma adpatção de um clássico da broadway, e que variações são "impedidas", mas ele próprio o roterista do superior "Chicago" deveria saber que ninguem hoje em dia acredita que uma pessoa saia cantando do nada. A musica dos musicais tem que estar em algum contexto de "show", de tremendo "desequilibrio emocional", "imaginação" ou simplesmente num filme sem realidade nenhuma (Moulin Rouge). E nesse meio campo do vai não vai é que "Dreamgirls" se perde, porque, porra, mesmo que a música seja boa eu me encontrei murmurando "que saco" quando alguem desembava a cantar do nada na nonagésima vez.
Mas algumas musicas fantastaticas e com contexto é que seguram o show, principalmente na primeira hora. Com muito brilho, figurino, fotografia de luzes, cortes e pessoas conhecidas (po, Beyonce ja esteve mais bonita?) o filme te conquista no começo, mas não vai para lugar nenhum, o arco não se completa. O enredo em si pede emoção, o sonho do showbussines e tudo do que precisa se abrir mão, por isso mesmo o filme deveria ter acabado como a vida real em que é inspirado, com a morte por depressão e drogas da garota abandonada, e não como um sonho americano de vitoria sobre as adversidades.
Para sua vantagem o filme tem performances muito boas de Eddie Murphy e Annita Nony Rose, uma Beyonce que nunca esteve tão bonita e razoavel como atriz, e a estreia de uma forca na musica e emoção que é a melhor do show: Jennifer Hudson, como a diva temperamental abandonada. (nem comento Jamie Foxx terrivel como o empresário galã canastrão).
Mas por mais que o filme tente enganar com musicas "avassaladoras" a força do cinema não esta com ele (talvez como musical na broadway seja seu merecido lugar). Não passa de um filme mediano excelentemente bem produzido.
Mas bem que ele poderia ser mais que um mero "entreternimento"...
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