A Batalha de Iwo Jimma
Para começar que fique claro o seguinte: O projeto ja ganha pontos pela ousadia. Não é o primeiro filme a mostrar os dois lados de uma guerra, mas que eu saiba é o primeiro a faze-lo em dois filmes separados e conseguir contar (ao assistir os dois) uma história tão completa.
Flag of our Fathers (***)

Demorou para ser lançado no Brasil depois do fiasco de bilheteria nos EUA. Por esse motivo foi o segundo que assisti e, por isso, tenho plena consciencia, ele ficou "melhor" ao meu ver justamente por conseguir me lembrar dos sentimentos de "Letters". O Filme te muitos pontos a sua vantagem mas se destaca o virtuosismo de direção e montagem (para um Clint de 80 anos é um belo elogio) e o elenco afinado (Ryan Phillip nunca esteve melhor), infelizmente o roteiro não esta entre eles. Por mais que certas cenas sejam mais intensas e superiores que o clássico "Soldado Ryan" (pois senta ombros desse gigante) a história não engaja. A ida e volta no tempo (com idosos refletindo) e um prolongado final com um certo jornalista que não causa emoção nenhuma (é muito longo!) ja vimos, revimos e não aprovamos. Apesar de ser um filme anti-guerra o enredo não se aprofunda muito nisso e chega a se perder entre o americanismo e o globalismo. É um filme bom, mas precisa da contraparte de "Letters" para ter um punch final.
Preste atenção que a cena final é a única realmente filmado no solo "original"
Letters from Iwo Jimma (****)

O melhor da duologia é também o que mais conversa com a cinebiografia recente de Clint Eastwood. A história gira em torno da seção do exército japonês estacionada na ilha de Iwo Jimma, eles devem defender a Ilha mesmo que todos, inclusive o general (um Ken Watanabe recluso, honrado e perfeito), saibam que a derrota e a morte são inevitáveis. Afinal Iwo Jimma é solo sagrado do Império. A morte é inevitável, e a aceitação dela também, esse tema não lembra os maravilhosos "Menina de Ouro", "Sobre Meninos e Lobos" e "Os Imperdoáveis"? Sim. Clint joga aqui com oq tem de melhor, cada minuto é um suspiro de morte em "Letters" e valores e desejo de viver honradamente vão se chocar na tela a cada cena mais pertubadora que a outra.
Isso "letters" ganha de "Flag": a emoção sincera. Apesar de um guia ja cliche de "cartas resgatadas contam a história dos mortos na ilha" o filme não volta aos dias de hoje até o final, quando as cartas em si ganham dimensão maior por lembrarmos-nos do sofrimento e o sentimento depositados nela. Não é um filme perfeito, mas é um ótimo filme. A fotografia de tão desgastada que parece preto no branco, Kazunari Ninomiya (o jovem soldado, que da um show e é o melhor do elenco) e os valores de honra japoneses que mesmo para nós incompreensíveis podem pelo menos ser admirados.
Flag tem cenas de batalhas brilhantes, Letters têm melhor história, atuação e contexto.
No fim a obra completa sobre a batalha de Iwo Jimma vai ser lembrada por anos e torço que lancem um DVD com as duas obras juntas. Pois é assim que merecer e vai ser lembrada.
Flag of our Fathers (***)

Demorou para ser lançado no Brasil depois do fiasco de bilheteria nos EUA. Por esse motivo foi o segundo que assisti e, por isso, tenho plena consciencia, ele ficou "melhor" ao meu ver justamente por conseguir me lembrar dos sentimentos de "Letters". O Filme te muitos pontos a sua vantagem mas se destaca o virtuosismo de direção e montagem (para um Clint de 80 anos é um belo elogio) e o elenco afinado (Ryan Phillip nunca esteve melhor), infelizmente o roteiro não esta entre eles. Por mais que certas cenas sejam mais intensas e superiores que o clássico "Soldado Ryan" (pois senta ombros desse gigante) a história não engaja. A ida e volta no tempo (com idosos refletindo) e um prolongado final com um certo jornalista que não causa emoção nenhuma (é muito longo!) ja vimos, revimos e não aprovamos. Apesar de ser um filme anti-guerra o enredo não se aprofunda muito nisso e chega a se perder entre o americanismo e o globalismo. É um filme bom, mas precisa da contraparte de "Letters" para ter um punch final.
Preste atenção que a cena final é a única realmente filmado no solo "original"
Letters from Iwo Jimma (****)

O melhor da duologia é também o que mais conversa com a cinebiografia recente de Clint Eastwood. A história gira em torno da seção do exército japonês estacionada na ilha de Iwo Jimma, eles devem defender a Ilha mesmo que todos, inclusive o general (um Ken Watanabe recluso, honrado e perfeito), saibam que a derrota e a morte são inevitáveis. Afinal Iwo Jimma é solo sagrado do Império. A morte é inevitável, e a aceitação dela também, esse tema não lembra os maravilhosos "Menina de Ouro", "Sobre Meninos e Lobos" e "Os Imperdoáveis"? Sim. Clint joga aqui com oq tem de melhor, cada minuto é um suspiro de morte em "Letters" e valores e desejo de viver honradamente vão se chocar na tela a cada cena mais pertubadora que a outra.
Isso "letters" ganha de "Flag": a emoção sincera. Apesar de um guia ja cliche de "cartas resgatadas contam a história dos mortos na ilha" o filme não volta aos dias de hoje até o final, quando as cartas em si ganham dimensão maior por lembrarmos-nos do sofrimento e o sentimento depositados nela. Não é um filme perfeito, mas é um ótimo filme. A fotografia de tão desgastada que parece preto no branco, Kazunari Ninomiya (o jovem soldado, que da um show e é o melhor do elenco) e os valores de honra japoneses que mesmo para nós incompreensíveis podem pelo menos ser admirados.
Flag tem cenas de batalhas brilhantes, Letters têm melhor história, atuação e contexto.
No fim a obra completa sobre a batalha de Iwo Jimma vai ser lembrada por anos e torço que lancem um DVD com as duas obras juntas. Pois é assim que merecer e vai ser lembrada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário