Marie Antoniette (*****)
de Sofia Copola
com Kirsten Dunst
EUA/ França
2006
O filme de Maria Antonita era um dos mais aguardados por cinefilos no ano, e talvez por isso tenha sido injustamente desprezado. Agora, não sei dizer por quem. Os americanos adoraram, os francesses de Cannes também, eu adorei. Esse povo da intenet, que cria meio boatos de vaia é que acabou não dando chance para essa "pequena joia".
Completando a triologia de "garotas perdidas" (que começou com "Virgens Suicidas" e teve seu ápice no ja clássico "Encontros e Dessencontros") Sofia Copolla acha sua protagonista perfeita para contar a máxima história de aceitação social na juventude. Maria Antonieta nada mais era que uma garota de classe nobre que procurando se encaixar em sua própria expectativa em poucos anos se casa por interesse; gasta rios de dinheiro em luxo (o que é esperado dela); tem seus casos e amores sem sentido; vira rainha da frança na casa dos 20; morre enforcada pela massa revolucionária.
Esse ultimo fato é de pouca importancia para a garota do filme, uma vez que seu mundo e o filme acaba quando ela deixa Versailles de vez. Um final muito criticado (justamente por não seguir até o enforcamento histórico) mas que não podia ser outro. O mundo de Marie é um mundo condenado ao fim quando começamos o filme, ela própria sabe disso quando lança a melhor frase do filme. Ao se ver no meio da loucura de normas ela desabafa; "isso é ridiculo" o que é prontamente respondido por "isso, madame, é Versailles".
Filmado no palácio histórico o filme é belamente produzido com roupas e sets de luxo de qualquer filme de época contrastados por uma fotografia solta e com luz forte e difusa (sem criar muitas sombras, oq seria padrão para um filme desse). Isso que me interessa na técnica do filme, a modernidade de cortes, as musicas retro-moderninhas (que nos ajudam a compreender belamente as emoções) e a levaza que a narrativa imprega.
Por fim "Marie Antoniette" não é um filme de fortes emoções, como também não era "Encontros...", mas se você se deixar levar vai poder apreciar um belo filme poético, simples mas contudente. Sofia Copolla continua mostrando que é muito melhor cineasta do que atriz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário