Défict (***)

O primeiro filme de Gael Garcia Bernal como diretor mostra que o talentoso e correto ator mundial têm manha também por trás das câmeras. A história é bem simples, um muleke recém formado na faculdade, filho de um político corrupto do mexico, passa um dia em sua cada de veraneio com amigos, amigas, irmã, affairs, drogas, churrasco, brincadeiras, alcool, hip-hop (não rock and roll!!) e funcionários. O bom do filme é o balanço social de tudo isso, não é que o personagem de Gael, que agora me foge o nome da cabeça, seja "mal" ele é simplesmente um boyzinho mimado, não é que ele trate mal os funcionários, principalmente um outro jovem jardineiro que ele conhece desde a infância (e que apenas deseja estar curtindo junto com esses outros jovens endinheirados), todo o contexto social de submissão esperada dos mesmos e não aproximação desejada pelos "patrões" é que é awkward e nos fazem ver o quão nojenta é a situação.
O personagem de Gael é, no fim, apenas um rapais que esta chegando próximo do fim de sua ilusão e de seu inevitável amadurecimento, 4 coisas ocorrem e que guiam os principios morais do personagem e do filme, o pai ele esta foragido no exterior e ele e os funcionários começam a duvidar da ética e da moral do pai e chefe, o personagem não é aceito para o curso de mestrado em Harvard, apesar de toda a pompa e dinheiro que ele possue no méxico, e ele entra em estado de desejo por uma convidada argentina, que é simpatica e madura comparado com os outros, ao mesmo tempo que faz descasso com sua namorada "pati" que esta perdida na estrada. E o jardineiro da em cima da irmão dele e da argentina também. Como ele deve reagir a tudo isso? é onde culmina o filme. O fato é que tudo isso é filmado por Gael com muita naturalidade e contexto, é um filme de microambiente, mas que mostra a mão firme dele como diretor e aponta para um futuro cinematografico amplo para o garoto.