terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Lust, Caution (****)


O novo filme de Ang Lee soma a mim a sensação de mistério do porque esse cineasta faz obras tão boas. É incrivel porque normalmente quando se pensa em um autor de cinema que tem em seu histórico filmes de tão alto nível normalmente ele carrega uma marca autoral reconhecível, basicamente ou através de um estilo visual, ou um gênero ou tema comum. Ang Lee deve ser o mais profilero dos cineastas com obras exelentes no mundo, e todas tão diferentes uma da outra!
O novo e ousado filme de Lee se passa na China de Sheng Kai-Chek, antes do comunismo, e quando Shangai e muito da costa chinesa foi dominada pelo império japones. O filme conta a história de um grupo de estudantes patrióticos que resolvem combater os invasores e aqueles que os ajudam, focando seu alvo em um grande mandachuva local (Tony Leung). O que se passa é que o que era um jogo ganha contornos politicos e de vida ou morte, e intimamente o que era um objetivo político ganha contornos de um jogo sexual e de sedução pela principal espiã que se relaciona com os espiaonado. Enfim, um filme sensual de intrigas que é um sucesso em todos os níveis. Primeiro pelas ousadas cenas de sexo, depois pela produção de foto e direção de arte, em terceiro pelas intensas atuações (palmas para a iniciante Wei Tang, pelo charme, talento e ousadia) e por fim pela inegável capacidade como cineasta de Lee.
Quando comecei falando que nada amarrava os filmes de Lee estava mentindo, pois o diretor tem algo que esta presente em todos os seus filmes: qualidade. Se é um filme de Ang Lee pode ter certeza, é um puta filme.

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